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Em 1982 descobriu-se em linhagem de câncer de pulmão um gene com atividade de transformação de fibroblastos homologo ao gene do vírus Kirsten Rat Sarcoma, denominado então K-Ras.

K-Ras é uma proteína de ligação GDP/GTP auto-regulada que atua como um iniciador na transdução de sinal para proliferação. Está relacionado a cascata de sinalização dos receptores tirosina quinase e é transitoriamente ativada após a ligação do ligante com seu receptor, para indução da proliferação. Mutações puntiformes, principalmente nos códons 12, 13 e 61 reduzem a atividade GTPase, impedindo o desligamento do gene que permanece no estado GTP. Os adenocarcinomas de pâncreas tem 95% de mutação de K-Ras, tireóide 55%, cólon e pulmão aproximadamente 35%.

O uso de inibidores tirosina quinase (TKI) tem transformado o tratamento oncológico, melhorando a especificidade das intervenções. TKIs são comumente adicionados aos esquemas terapêuticos convencionais ou já utilizados como primeira linha de tratamento em várias neoplasias. A identificação das mutações de K-Ras é fundamental para determinação da sensibilidade do tumor à droga. A presença de mutação é indicativa de baixos índices de resposta em carcinoma de cólon, pulmão e pâncreas.
Carcinoma Colorretal
 
 
Mutações de K-ras são identificadas em 30 a 40% dos carcinomas colorretais e são determinantes da resposta ao tratamento com inibidores tirosina quinase (EGFR-TKIs), cetuximab ou panitumumab. Estudo com erlotinib usado como segunda ou terceira linha de tratamento mostra índices de resposta nos indivíduos com K-ras não mutado (wild type – wt) de 40% versus apenas 20% nos pacientes que apresentam mutação no gene (Stoehlmacher J et al. J Clin Oncol 26: 2008 (suppl; abstr 14574)

No carcinoma colorretal metastático a mutação de KRAS demonstra que não existe vantagem do uso de cetuximab associado a FOLFIRI ou FOLFOX, sobre FOLFIRI ou FOLFOX isoladamente. [Cutsem EV et al. J Clin Oncol 26: 2008 (suppl; abstr 2), Bokemeyer C et al. J Clin Oncol 26: 2008 (suppl; abstr 4000) e Cervantes A. ].
Carcinoma de Pulmão não-pequenas células

As alterações moleculares da via do EGFR são as mais importantes na determinação da resposta ao tratamento com os inibidores tirosina quinase – EGFR (EGFR-TKI) no carcinoma não pequenas células do pulmão a presença de mutação de K-ras contra-indica a terapia com EGFR-TKI.

A mutação de K-ras ocorre em aproximadamente 6% dos casos e a resposta a gefitinib ou erlotinib é nula usado como primeira linha em pacientes livres de tratamento ou em doença avançada, após um ou dois ciclos de quimioterapia baseados em platina.
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