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Começou o Outubro Rosa e o Bem Estar desta segunda-feira (1) falou sobre câncer de mama. Convidamos o presidente da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica Sérgio Simon e o presidente da Sociedade Brasileira de Mastologia Antônio Frasson para falar sobre o câncer de mama, sintomas, tratamentos, prevenção e diagnóstico. Câncer de mama O câncer de mama é o tipo de câncer mais comum entre as mulheres no mundo e no Brasil. Ele não tem uma causa única. São vários fatores que podem aumentar o risco de desenvolver a doença, como fatores endócrinos/história reprodutiva, fatores comportamentais/ambientais e fatores genéticos/hereditários.Mulheres mais velhas, sobretudo a partir dos 50 anos, são mais propensas a desenvolver a doença, mas isso tem mudado. Houve um aumento na incidência de câncer de mama em mulheres jovens na última década. Em mulheres com menos de 35 anos, a incidência no Brasil hoje está entre 4% e 5% dos casos. Sintomas A principal manifestação da doença é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Ele está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja também é sintoma, assim como alterações no mamilo. Fique atenta também se aparecer algum nódulo na axila ou no pescoço e a qualquer saída de líquido anormal das mamas. Vale lembrar que grande parte dos casos são assintomáticos. As mulheres devem procurar imediatamente um serviço para avaliação diagnóstica ao identificarem alterações persistentes nas mamas. Autoexame O autoexame deve ser praticado mensalmente entre o 7º e o 10º dia contados a partir do 1º dia da menstruação. As mulheres que não menstruarem devem escolher um dia do mês.
Mama - Para examinar a mama esquerda, coloque a mão esquerda atrás da cabeça e apalpe com a mão direita. Para examinar a mama direita, coloque a mão direita atrás da cabeça e apalpe com a mão esquerda.
Mamilo - pressione os mamilos suavemente. Verifique se há alguma secreção.
Axilas - após examinar as mamas, apalpe toda a área debaixo dos braços.
Hereditariedade Se alguém na família teve câncer de mama, você também pode ter? O Bem Estar contou a história da família da empresária Socorro Silveira. Ela é a quinta das cinco irmãs a encarar o câncer de mama. A primeira foi a Maria do Carmo, a mais velha, que morreu por causa de complicações da doença, 22 anos atrás. A Fátima ainda se recuperava da perda da irmã quando recebeu o diagnóstico.Depois dos primeiros casos, as outras irmãs passaram a fazer exames regulares. Isso ajudou a Olímpia a descobrir o câncer logo no início. Pela idade, Cândida deveria ter sido a última a ter a doença, mas furou a fila e também foi diagnosticada. O câncer de mama de origem hereditária representa de 5% a 10% dos casos da doença no país. A explicação é uma mutação nos genes. “Acontece na célula germinativa e é passada de geração em geração. Então um filho de um portador com a mutação tem a chance de herdar 50%”, explica a mastologista Cláudia Studart.Cada paciente representa uma família inteira em risco. A partir daí essas famílias têm que ter um acompanhamento médico e um aconselhamento genético. Diagnóstico O diagnóstico precoce é fundamental no tratamento contra qualquer tipo de câncer. A realização anual da mamografia para mulheres a partir de 40 anos é importante para que o câncer seja diagnosticado precocemente.Autoexame: o autoexame é muito importante para que a mulher conheça bem o seu corpo e perceba com facilidade qualquer alteração nas mamas e assim procure rapidamente um médico. Vale lembrar que o autoexame não substitui exames como mamografia, ultrassom, ressonância magnética e biopsia, que podem definir o tipo de câncer e a localização dele. Prevenção A prevenção do câncer de mama não é totalmente possível em função da multiplicidade de fatores relacionados ao surgimento da doença e ao fato de vários deles não serem modificáveis.De modo geral, a prevenção baseia-se no controle dos fatores de risco e no estímulo aos fatores protetores. Alimentação, controle do peso e atividade física podem reduzir em até 28% o risco de a mulher desenvolver o câncer de mama. Também deve-se evitar o consumo de álcool e tabaco. Tratamento O câncer de mama tem pelo menos quatro tipos mais comuns e alguns outros mais raros. Por isso, o tratamento não deve ser padrão. Cada tipo de tumor tem um tratamento específico, prescrito pelo médico oncologista. Apoio A FEMAMA – Federação Brasileira de Instituições Filantrópicas de Apoio à Saúde da Mama – é formada por 74 associações de pacientes em todas as regiões do Brasil capazes de fornecer suporte em diversas frentes.
Os avanços da tecnologia aplicada à saúde não se restringem somente a aparelhos eletrônicos e aplicativos digitais, mas também incluem tecnologias alternativas que têm o intuito de melhorar a vida das pessoas.É fato que a tecnologia na medicina está transformando os cuidados com a saúde e a forma como os médicos se relacionam com os pacientes. A automação dos procedimentos, fortalecida com a chegada da Internet das Coisas (IoT), o Big Data e a Inteligência Artificial (IA), interferem profundamente no modo como a medicina é aplicada. Essas transformações impactam desde o ensino da profissão, passando pela a atuação prática do médico até a prevenção e tratamento de doenças.De acordo com a Pesquisa sobre o Uso das Tecnologias da Informação e da Comunicação (TIC) no Brasil, divulgada pelo Centro de Estudos sobre as Tecnologias da Informação e da Comunicação (Cetic), 91% dos hospitais têm acesso à internet.No Brasil, os médicos já percebem as facilidades trazidas pelos sistemas de informação para a gestão hospitalar ou de clínicas e consultórios. O levantamento feito pela Accenture mostra que 61% dos profissionais brasileiros usam ferramentas de TI para observação dos pacientes e para otimizar o tempo da consulta, enquanto 38% utilizam procedimentos eletrônicos para administração.Segundo o presidente da Aliança Brasileira da Indústria Inovadora em Saúde (ABIIS), existem mais de 500 mil tecnologias médicas diferentes em uso atualmente, de exames laboratoriais ao tratamento de vários tipos de câncer por meio da biologia molecular. O câncer de mama, ele explica, pode passar por até quatro estágios. O diagnóstico na fase um garante 95% de cura. Já no quarto estágio, o número se inverte: a taxa de mortalidade é de 95%. Daí o valor da tecnologia para a medicina. O ganho humanitário do uso das diversas tecnologias aplicadas à medicina é indiscutível, mas vivemos o risco de uma medicina cada vez melhor para cada vez menos pessoas. Este é o desafio que temos de enfrentar: uma melhor gestão para aumentar o acesso de grande parte da população à tecnologia que transforma, sobre a necessidade de popularizar o acesso aos tratamentos mais modernos.Os avanços em equipamentos e diagnósticos também permitem procedimentos mais precisos e seguros na maioria dos tratamentos. Mesmo procedimentos simples, como uma sutura, podem ser melhoradas com a tecnologia. Por meio de equipamentos de última geração, o médico consegue visualizar todo o corpo humano em três dimensões e de maneira nítida, o que torna as intervenções rápidas e pontuais. Por exemplo, hospitais dos Estados Unidos estão utilizando a Realidade Aumentada e a tecnologia de imagens 3D na realização de cirurgias. Especialmente em regiões delicadas, como cérebro e olhos, essa ferramenta torna o trabalho dos médicos menos desconfortável, evitando que apenas microscópios sejam utilizados. E na medida em que o tempo passa, a medicina torna-se mais acessível, permitindo que as novas tecnologias estejam ao alcance de todos. Outras tecnologias, voltadas principalmente ao tratamento e à recuperação, estão cada vez mais presentes na área da saúde. São exemplos o uso de jogos (gamificação), a realidade virtual e equipamentos de reabilitação.A tecnologia aplicada à saúde também é capaz de gerar benefícios indiretos aos pacientes e diretos ao profissional de saúde e sua equipe, tornando a prática médica muito mais eficiente e prazerosa. Seja por meio da digitalização de processos ou de um software que descomplique as finanças ou a administração de uma clínica em geral, o uso da tecnologia focada em gestão e eficiência permite ao profissional da saúde focar em seu principal objetivo – o atendimento do paciente.Através dos preceitos da eficiência em gestão, estes sistemas organizam o agendamento das consultas, os prontuários eletrônicos e até gestão financeira da clínica, proporcionando muitos benefícios ao profissional de saúde e sua equipe nas tarefas do dia a dia da prática médica, visto que, foi-se o tempo em que o médico sabia mentalmente toda a posologia e contraindicação de um medicamento. Hoje em dia são muitas as opções de medicamentos e não é fácil acompanhar toda essa atualização. Assim, para a indicação de um medicamento, basta o médico entender as principais restrições do paciente, como uma alergia ou gravidez, e buscar em um bulário online o principal medicamento dadas as restrições. Tudo isso integrado ao prontuário.Quando se fala em gestão, uma equipe bem treinada e eficiente é um ponto chave para o sucesso. Na área da saúde, não é diferente: pacientes satisfeitos com atendimento tendem a indicar sua clínica para amigos e conhecidos e acima de tudo, se tornam pacientes fiéis.A fidelização de pacientes é com certeza uma das prioridades para uma clínica ou consultório. Pacientes fidelizados ajudam a promover o seu negócio com recomendações, além de trazerem receita recorrente para sua clínica. Mas como a tecnologia pode ajudar na fidelização de pacientes? Pâmela Ribeiro, Commercial Strategy Manager da empresa Comtele (www.comtele.com.br), comenta esta questão: “simples, uma clínica deve estar onde seu paciente está e um ótimo exemplo disto é o uso das redes sociais por meio de interação e o envio de sms, que se comunica com cliente de forma ágil e pontual, reduzindo o índice de falta e aproximando paciente com médico”.Médicos, pesquisadores e demais profissionais da área estão convencidos e esperançosos de que o uso da tecnologia na saúde é o caminho que deve ser seguido para o avanço na medicina. Afinal, tecnologia vem para agregar no trabalho, melhorar a gestão de clínicas e consultórios e integrar as informações dos pacientes.