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O diagnóstico precoce continua sendo o maior desafio do Brasil na luta contra o linfoma. No Dia Internacional de Conscientização sobre Linfomas, hoje (15), especialistas do setor elogiaram os avanços nas políticas públicas, mas alertaram que falta infraestrutura na saúde pública e privada para garantir que o linfoma seja detectado mais cedo e tratado com rapidez.A presidenta da Associação Brasileira de Linfomas e Leucemia (Abrale), Merula Steagall, elogiou a Lei 12.732 (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2012/lei/l12732.htm), em vigor desde maio, que estabelece prazo máximo de 60 dias para que pessoas com câncer iniciem o tratamento pelo Sistema Único de Saúde (SUS). Entretanto, ela alerta que para a lei ser cumprida é fundamental investir em equipamentos e pessoal nas unidades de Saúde.“As pessoas acabam demorando muito para ter o diagnóstico, muitas vezes por causa do sistema, pois a solicitação de exames demora muito”, disse. Esse prazo ainda está demorando cerca de seis meses, o que é tempo demais para esse tipo de câncer”, acrescentou Steagall.Outro problema levantado por pela presidenta da Abrale é o diagnóstico equivocado do subtipo do linfoma que são mais de 80, segundo ela. “Ainda há muita confusão e o paciente acaba tendo tratamento para um tipo de linfoma que não é o seu”, declarou.O diretor de Especialidades da Sociedade Brasileira de Patologia (SBP), Marco Antonio Dias Filho, explicou que poucos patologistas, responsáveis por diagnósticos de linfoma, que têm hoje à disposição ferramentas necessárias para detectar. “Muitos centros de diagnósticos não desenvolvem métodos imunohistoquímicos ou de patologia molecular, com soros específicos, que são o principal método de diagnóstico de linfoma”, disse.A técnica imunohistoquímica compreende procedimentos que usam anticorpos como reagentes específicos que definem se o linfoma é de Hodgkin ou não Hodgkin e, entre os não Hodgkin, se são de células B ou T, além de cada subtipo de linfoma.O SUS garante a cobertura completa do tratamento de linfomas, que conta a partir da confirmação do diagnóstico. Os pacientes podem passar por cirurgia ou iniciar sessões de quimioterapia ou radioterapia, conforme a indicação de cada caso. Entretanto, para o diretor da Associação Brasileira de Hematologia, Hemoterapia e Terapia Celular (ABHH), Carlos Chiattone, atualizar os protocolos dos tratamentos é fundamental para controlar a doença e evitar que pacientes tenham que ser tratados novamente.“É evidente que o custo dessas novas terapias é muito elevado. Mas é importante que o governo discuta com a indústria farmacêutica, negocie o preço, e que escolha um cronograma de introdução dessas novas medicações”, declarou o médico.Uma pesquisa da Abrale aponta que 42% das pessoas precisaram de apoio jurídico para ter acesso a medicamentos e exames. “Um índice muito grande, pois a Constituição garante ao paciente tratamento adequado”, disse Seagall. “Enquanto o governo não atualiza as novas drogas o paciente pode por via jurídica conseguir acesso no SUS”, completou.O governo está analisando alguns fármacos e deve incorporar em breve os anticorpos monoclonais (rituximabe) a pacientes com linfoma não Hodgkin (LNH) de células B, folicular, CD20 positivo. Esse é segundo mais frequente tipo de linfoma e um dos mais agressivos. “Esperamos que o governo disponibilize o rituximabe o mais rápido possível para esse tipo de linfoma. Com esse anticorpo, agregado à quimioterapia, você aumenta a taxa de cura na cura em 20% especificamente para esse tipo de linfoma difuso de grandes células B”, disse o diretor da ABHH.
Ainda existe um número significativo de mulheres que não realizam anualmente o preventivo, fazendo do exame um grande tabu. Conhecido também como Papanicolau, ele deve ser realizado por todas as mulheres, sexualmente ativas ou não, com o objetivo de diagnosticar precocemente lesões precursoras do câncer do colo de útero.O preventivo é um exame realizado no próprio consultório ginecológico, onde se é coletada uma amostra do material do colo do útero a fim de analisar a natureza das células – e, eventualmente, detectar a presença de alterações, inclusive o HPV,Papiloma Vírus Humano. Ainda muito frequente no público feminino, esse vírusatinge a pele e as mucosas, podendo causar verrugas ou lesões percursoras de câncer, como o câncer de colo de útero, garganta ou ânus.Existem mais de 200 tipos de HPV e cada tipo pode criar verrugas em diferentes partes do corpo, mas, hoje, 150 deles já foram identificados e sequenciados geneticamente. A forma de transmissão mais comum é o contatoíntimo desprotegido e, por isso, o HPV pode ser considerado uma doença sexualmente transmissível.No primeiro contato sexual, uma em cada 10 meninas chega a entrar em contato com o vírus. Conforme o tempo passa, entre 80 e 90% da população já entrou em contato com o vírus alguma vez na vida, mesmo que não tenha desenvolvido lesão. Mas é importante lembrar que mais de 90% das pessoas conseguem eliminar o vírus do organismo naturalmente, sem ter manifestações clínicas.Além do contágio pelo contato pele a pele, o HPV apresenta mais dois tipo de transmissão: o vertical e o por uso de roupas íntimas e toalha. No primeiro caso, ocorre quando os bebês que nascem de parto normal entram em contato com a área infectada da mãe, e o segundo só seria possível se a pessoa vestisse a roupa íntima da pessoa contaminada logo depois que ela a tenha tirado. Outro ponto importante é que o paciente pode transmitir o vírus mesmo que esteja sem sintomas e ele pode demorar poucos meses pra se manifestar,ou até anos e nunca se manifestar.Para evitar esse contágio com o HPV, a Organização Mundial de Saúde realiza campanhas, anualmente, falando sobre a importância do uso da camisinha e de tomar a vacina quadrivalente que engloba quatro tipos de vírus e é realizada em três doses .Existem formas muitas simples de prevenir o câncer de colo do útero e o exame de citologia oncótica ou Papanicolau é um deles. As pacientes a partir de um ano com vida sexual ativa já deve realizá-lo. É uma boa conversar com a ginecologista para tirar dúvidas é imprescindível.